sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

História das Arábias- Por minha Esposa


Minha história é hilária, preste atenção.


Eu sou a Fabrícia e tenho 32 anos, (1999)

Minha amiga de Goiânia é a Luciene e também tem cerca de32 anos,

O filho dela é o Mateus, e hoje deve estar com 5 anos,

O meu noivo é o José Lummertz e está com 34 anos,

O marido da Luciene e pai do Mateus é O Paulo Henrique, e está com 35 anos.


O Paulo Henrique é Treinador de Goleiros e recebeu um convite para atuar no Al Raed da cidade de
Bureidah na Arábia Saudita, cerca de 300km de Ryad (capital saudita). Ele estava trabalhando no
Anápolis(GO) juntamente com o meu noivo, como, quando ele foi convidado, perguntaram se ele
Conhecia um Preparador Físico, ele indicou o José Antônio, e lá se foram os dois para uma temporada
De + ou – 7 meses. O time era da 2º divisão, foi Vice-campeão e classificaram-se para a divisão especial
Da temporada seguinte.
Esta 1º temporada foi de agosto/98 à março/99 sem retorno ao Brasil.
O Paulo Henrique, como já era casado conseguiu levar a Luciene e o Mateus em Janeiro/99. Obs: As leis
Sauditas não permitem o visto para mulheres solteiras e eu fiquei no Brasil.

Retornaram para o Brasil em 18 de março de 1999, e como foram bem no campeonato já ficaram acertados
Para a temporada seguinte.

Sabendo das leis islâmicas eu e o José Antônio encaminhamos uma “UniãoEstável” para posteriormente
Conseguir o visto.

Tudo certo, chegou julho e lá se foram novamente o José Antônio e o Paulo Henrique Para Bureidah, + ou
- pelo dia 08 de julho/99.

Passado algum tempo e depois de vários telefonemas e faxes, Paulo Henrique e Luciene e Eu e José
Antônio acertamos que nós (Eu, Luciene e Mateus) iríamos juntos para a Arábia.

Aqui começa a parte engraçada:
- Bureidah é talvez a 4º cidade da Arábia Saudita, fica em uma região bem central, e seu povo é extremamente conservador com as leis islâmicas. A Mulher anda totalmente encoberta inclusive
Com lenço e véu na cabeça, e as mais conservadoras até com luvas e meias nos pés.
- O calor as vezes é muito intenso, perto de 50 55º. E as vestes são as mesmas.
Os vistos para entrada na Arábia são enviados daquele país para seu consulado em Brasília, com prévia
Responsabilidade dos maridos e do clube no qual eles trabalhavam.
Encaminhei minha documentação para a Luciene(pois ela morando em Goiânia ficava mais fácil para
Retirar os vistos na Embaixada Saudita), tudo ok, com a documentação e os passaportes, eles estavam
Todos de posse de Luciene em Goiânia.
Viagem marcada de São Paulo – Roma – Jeda – Bureidah.
Eu deveria sair de Porto Alegre às 11:00 e encontrar a Luciene no Aeroporto em SP às 13:00.
O Voo para Roma sairia as 16:00 e voo internacional as empresas pedem 2h de antecedencia.
A Luciene se enrolou em Goiânia( estava ansiosa) foi sacar em um caixa eletronica, quando saia
Para o aeroporto, sacou e esqueceu a carteira com o documentos em cima da máquina e foi embora.
Quando quase chegava ao aeroporto de Goiânia lembrou da carteira e teve de voltar, pronto perdeu
O voo das 11:oo e o encontro comigo. Por sorte ainda encontrou a carteira. Tudo bem. Como nós
Não nos conhecíamos pessoalmente, falavamos apenas por telefone, ela lembrou de avisar meus
Familiares do problema. Eu já nervosa em São Paulo liguei para minha Mãe que contou o ocorrido.
Acontece que a Luciene e o Mateus tiveram de pegar um voo para o Aeroporto de Congonhas e de
Lá um táxi para o Aeroporto Internacional. Era uma luta contra o horário e praticamente incomunicáveis.
Eu tentando deixar mais ou menos tudo acertado no balcão da Aliitália, já havia falado dos incidentes até
Com o gerente e nada de Luciene e Mateus. Como eu tive um grave problema auditivo, quando a Luciene
E o Mateus chegaram no aeroporto totalmente atrasados e desesperados como eu também, já meio á
Prantos e eu desolada porque se perdesse o voo, fatalmente não poderia ir em outro, devido Há
Horários e minhas folgas profissionais, o Mateus gritava Fabriiiiciiia e eu nada, pois não estava ouvindo.
Até que derepente vendo uma mulher também chorando desesperada e com uma criança, pensei só pode
Ser a Luciene, Graças a Deus era, Como o atendente já havia quase esgotado todos os limites de tempo,
Corremos e enfim conseguimos embarcar. ALELUIA.

ENFIM, ALELUIA, PRESTE ATENÇÃO NO RESTANTE.


- Jeda é uma cidade da Arábia que recebe os voos provenientes da Itália.
- Bureida fica cerca de 900km de Jeda e 2 horas de vôo.
- Jeda possui 2 aeroportos, um Internacional e um Doméstico.
- O s dois são próximos e possuem ligação de pistas internas para os funcionários do aeroporto, e
Ligação externa por rodovias para os passageiros. Estas rodovias levam cerca de 30 minutos de desloca-
Mentos de um aeroporto a outro.
- Para nós descermos em Jeda, território saudita já tivemos que preencher diversos docs. Alfandegários
De controle de passageiros e os policiais só liberam as mulheres no momento em que seus maridos as
Recebem e se identificam.
Chegamos em Jedah às 19:00 fizemos todos os processos e nada do José Antônio e do Paulo Henrique.
Problema: Eles chegaram no aeroporto Doméstico e nós no internacional.. Como eles sabiam do esque-
Ma e que estavam atrasados, pois chegaram no doméstico no mesmo horário. Eles procuraram se deslocar
Para o internacional, Tudo ok. Negativo. Nós nos idetificamos para a polícia e esta não achando nossos
Maridos encaminharam-nos para esperá-los no aeroporo doméstico. DESENCONTRO 1 – PÂNICO.
O José Antônio e o Paulo Henrique, esperam um pouco, indagaram a alguns policiais e nada, até que
Um policial furioso sabendo do caso disse, corram para o aeroporto doméstico que suas esposas estão
Lá. DESENCONTRO 2 – PÂNICO. Quando eles retornaram, a polícia já havia decidido levar nós
Novamente para o aeroporto internacional e encaminharam-nos para um setor de estrangeiros retidos
Com problemas. A polícia já estava procurando um jeito de colocar nós no 1º vôo para fora da Arábia.
Como a Luciene falava pouco o inglês, eu procurava explicar e nos defender.
Neste meio tempo, o José e O Paulo retornaram para o aeroporto internacional e tentavam localizar
A gente, foram a diversos setores até que um policial superior resolveu atende-los e entrou em conta-
To com os demais setores do aeroporto localizando a gente e nos encaminhando para um final
Feliz depois de quase 4 horas de pânico no Território Saudita, encontramos os rapazes e no dia
Seguinte seguimos para Bureidah, onde permaneci por 20 dias.

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