sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Capacidade de sprints repetidos e os níveis de potência muscular em jogadores de futebol profissional


Carlos Miguel Porto Almeida

Introdução: os sprints se caracterizam como um tipo de deslocamento muito utilizado por jogadores de futebol, aos quais dependem fundamentalmente de variáveis fisiológicas e podem estar correlacionadas ao desempenho da potência muscular, capacidade física de vital importância para atletas desta modalidade. Objetivo: analisar a potência muscular e a capacidade de sprints repetidos (CSR) em jogadores de futebol profissional. Método: participaram deste estudo 20jogadores de futebol profissional com idades de 19 e 20 anos, do sexo masculino. Antes de iniciarem a coleta de dados, os atletas foram esclarecidos sobre os objetivos do estudo e posteriormente assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Os dados foram coletados em quatro momentos, juntos ao complexo esportivo e no campo de futebol do Centro de Desportos (CDS) da UFSC, organizados da seguinte maneira: primeiro, os jogadores realizaram medidas inerentes à avaliação antropométrica (massa corporal, estrutura e dobras cutâneas); segundo, foi realizado o salto vertical – Contínuos Jump (CJ), o qual consistiu na execução contínua de 3 saltos com contra-movimento para análise da potência muscular; terceiro, foi realizado o teste de campo RAST, com protocolo que consiste em efetuar seis sprints máximos de 35 m com 10 s de pausa passiva. Foi registrado o tempo em cada um dos sprints e no quarto momento o CJ foi repetido. Foi utilizada estatística descritiva para a apresentação dos dados. Para verificar se houve diferença nos níveis de potência antes e após os sprints repetidos utilizou-se o teste “t” de Stundent. Para verificar as correlações entre os sprints  e a potência muscular utilizou-se correlação linear de Pearson. O nível de significado foi de p≤0,05. Resultados: não foi verificada diferença significativa nos níveis de potência muscular mensurados antes e depois da realização dos sprints (t=0,58; p=0,57). Entre os tempos dos 6 sprints encontraram-se diferenças significativas (F=122,8; p<0,001), exceto entre o 5º e o 6º (p=0,06) Foi encontrada correlação significativa entre a altura no CJ obtida antes da realização dos sprints (Ha) e o tempo do primeiro sprint (T1) (r=0,62; p=0,01); entre Ha e tempo médio nos sprints (TM) (r-0,58; p=0,01); entre Ha e o melhor tempo nos sprints (MT) (r=-0,60; p=0,01) e entre o TM e o MT nos sprints (r=0,95; p=0,01). Não foiencontrada correlação significativa entre a altura no CJ depois nos sprints (Hd) e o sexto sprint (T6) (r=-0,43; p=0,06). Conclusões: os futebolistas deste estudo foram capazes de manter os níveis de potência muscular após a realização dos sprints; a performance nos sprints repetidos sofreu uma queda significativo até o quinto sprint, sendo mantida no último; por fim, a performance nos sprints esteve relacionada com os níveis de potência.  

Prof. Ms. Carlos Miguel Porto Almeida está lançando um livro referente à dissertação de mestrado em Cineantropometria e Desempenho Humano (UFSC). Almeida é professor do curso de Graduação e Pós-Graduação em Educação Física na UNOESC Campus de Chapecó e também é gerente operacional de futebol da Ass. Chapecoense de Futebol

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