Queria começar essa carta contando os
meus números na Chapecoense. Porém foram incontáveis chutes na bola,
incontáveis sorrisos, abraços, gritos de gol. Queria contar o número de vezes
em que achei incrível a energia que havia no vestiário, ou mesmo no dia a dia. Muitas vezes chutei o
ar em comemoração, mas também olhei para o chão procurando explicações. Sim,
essa é uma carta de despedida, no entanto, creio que seja uma carta como uma
ação de graças.
Sou grato por cada momento vivido
na Associação Chapecoense de Futebol.
Tenho uma leve lista de agradecimentos começando pela direção do clube, comissão
técnica, atletas e torcida. Alguns destes eu deveria escrever in memorian, mas vou deixar esse termo
por aqui, pois sei que quando lembrar de cada um, eles estarão sempre por perto
em minhas lembranças. Como a lembrança do Caio Jr., como meu atleta no Esporte
Clube de Novo Hamburgo em 1996 em meu primeiro trabalho profissional, em que
fomos campeões gaúcho da divisão de acesso e ele foi artilheiro e voltamos a
trabalhar juntos, agora, 20 anos depois e construímos mais lembranças.
Essa foi a minha terceira passagem
pela Chapecoense. Desta vez fui preparador físico auxiliar do Anderson Paixão,
que posso dizer que foi como um irmão para mim, e que conseguimos conquistar
todos os objetivos de 2016, como o campeonato Catarinense em que atingimos o
penta, a terceira fase da copa do Brasil, inédita. Também a 11ª posição no
Campeonato Brasileiro, a melhor colocação das participações da Chape, e a Sul
Americana. Eu pude assumir em 14 oportunidades, enquanto Anderson estava à
serviço da Seleção Brasileira. Quero agradecer também ao Chinho e Jandir que
foram muito amigos em todos os momentos. Agradecer ao Maurinho, Cadu e sem
dúvidas ao Sandro Pallaoro.
Por tudo e por todos, quero agradecer
pelo companheirismo e dedicação profissional. Obrigado!
Bom, finalizando, quero deixar meu
abraço para os que permanecem no clube e aos que saem junto comigo e um abraço
especial na torcida. Também quero deixar um grande beijo à todas as famílias
que perderam seus queridos na tragédia que nos abalou em novembro de 2016. Até
a próxima, Chape!
É isso aí Zé!
ResponderExcluirBola prá frente com a certeza de ter feito o melhor, e com certeza o fez.